Aprenda mais sobre a vida, direitos e perguntas frequentes das pessoas ostomizadas.
POR QUE EXISTEM PESSOAS COM OSTOMIA?
As principais causas são câncer, doenças inflamatórias intestinais, má formação congênita, doença de Chagas, acidentes e alguns tipos de traumas.
O QUE É OSTOMIA
A ostomia é um procedimento cirúrgico que cria uma abertura no corpo, chamada de estoma, que permite a saída de resíduos ou possibilita a respiração direta. Essa abertura é criada para facilitar funções essenciais, sejam elas digestivas, respiratórias ou urinárias, em casos em que os sistemas corporais estão comprometidos devido a doenças, lesões ou outras condições. A ostomia pode ser temporária, quando usada para promover a cicatrização de uma área, ou permanente, caso o órgão afetado tenha perda definitiva de função.
Existem três tipos principais de ostomia, cada um atendendo a uma necessidade específica.
COLOSTOMIA
A colostomia é um tipo de ostomia intestinal que faz a comunicação do cólon (intestino grosso) com o exterior do abdômen, em sua maioria no lado esquerdo. As bolsas existentes proporcionam segurança através da eliminação de odores, boa fixação e proteção da pele
ILEOSTOMIA
A ileostomia é um tipo de ostomia intestinal que faz a comunicação do intestino delgado com o exterior do abdômen. As ileostomias localizam-se geralmente no lado inferior direito e demandam maior cuidado com a pele, pois as fezes são mais líquidas ou pastosas.
UROSTOMIA
Denomina-se urostomia a intervenção cirúrgica que consiste em desviar o curso normal da urina. À semelhança das ostomias intestinais, também podem ser permanentes ou temporárias. As bolsas de urostomia devem ter uma válvula antirrefluxo, para proteção ao deitar. O cuidado com a pele é o mesmo das outras ostomias.
Image Description
As bolsas de ostomia são reservatórios que substituem a função do reto e do ânus, coletando fezes de forma segura e higiênica. Elas são projetadas para evitar vazamentos, controlar odores e oferecer conforto ao paciente.
Existem modelos abertos (esvaziáveis) e fechados (descartáveis), escolhidos de acordo com a necessidade de cada pessoa e a orientação médica.
A estrutura da bolsa geralmente inclui:
Placa adesiva: fixa a bolsa na pele de forma segura e confortável.
Bolsa coletora: armazena os resíduos, disponível em diferentes tamanhos e modelos.
Filtro de odores: presente em muitos modelos para maior conforto.
Anel de acoplamento (em sistemas de duas peças): permite trocar apenas a bolsa, mantendo a placa.
Com esses recursos, a bolsa garante segurança, discrição e qualidade de vida. O acompanhamento profissional é fundamental para a escolha correta e para orientar os cuidados diários.
A bolsa deve ser trocada regularmente, sempre que cheia ou quando necessário. A pele ao redor do estoma deve ser higienizada com água e sabão neutro, evitando produtos irritantes, e bem seca para prevenir irritações. É importante observar o estoma diariamente e informar o médico sobre qualquer alteração, como vermelhidão, inchaço ou sangram
Após a recuperação, é possível ter vida normal (social, familiar, sexual e laboral). Evite carregar peso para não causar hérnias e sempre leve bolsa extra. Antes de momentos íntimos, esvazie e limpe a bolsa.
Buscar informações, participar de grupos e se atualizar sobre técnicas e produtos melhora os cuidados e a qualidade de vida
A vida sexual é normal. Converse com o parceiro e, se necessário, busque orientação médica. Esvazie a bolsa antes da relação e use disfarces (bolsas menores ou tampões) se sentir desconforto.
Depende da doença de base e órgãos afetados. Só o médico pode avaliar riscos. Gestantes ostomizadas devem ter acompanhamento nutricional e pré-natal, lembrando que o crescimento do feto pode afetar o estoma.
Após a liberação médica, é possível praticar exercícios, viajar, dirigir e participar de atividades sociais. Evite esportes de contato e use cinto de proteção se necessário.
Consultas regulares são essenciais para ajustes, prevenção de complicações e orientações personalizadas.
O apoio emocional e a participação em grupos de suporte reduzem o isolamento e ajudam na adaptação
A dieta deve ser saudável, equilibrada e fracionada em 6 refeições.
Beba 2 a 2,5 L de água/dia e consuma fibras.
Mastigue bem e introduza novos alimentos aos poucos.
Atenção aos efeitos dos alimentos:
Diarreia: mamão, laranja, ameixa, verduras, leite, álcool.
Constipação: batata, banana, mandioca, inhame.
Mau cheiro: peixes, ovos, cebola, alho, couve.
Gases: repolho, feijão, refrigerante, frituras, doces.
As associações de ostomizados têm atuado fortemente para garantir que os direitos dessa população sejam respeitados.
As principais reivindicações envolvem:
- Acesso a materiais essenciais (bolsas de ostomia e produtos de cuidado com a pele).
- Banheiros adaptados para a higienização da bolsa..
Esvazie quando estiver em até ⅔ da capacidade. A limpeza é feita no sanitário, abrindo a parte inferior e lavando a bolsa por dentro.
Sim. A bolsa é impermeável, mas pode soltar a cola; no dia da troca, é possível tomar banho sem ela.
Depende da região: próximo ao ânus, fezes mais sólidas; mais acima, fezes pastosas ou líquidas.
Não há restrições: pode trabalhar, praticar esportes, nadar e ter vida social normalmente.
Leve suprimentos extras, mantenha-os na bagagem de mão, prepare barreiras cortadas e carregue identificação sobre sua condição.